segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Publicações – Livros da Autora
Publicações – Livros da Autora
Kiesse/Olo “N'Zinga Os Descendentes” Edições- Minerva Coimbra
“Cadernos do Mwalakaji” –Mayunga Mwalakaji
No prelo:
Título do Livro: “Favos de Mel – Salalé Três Três – Os Reis do Kongo”
A Atriz de Teatro - Mayunga Kiesse
Peças de Teatro de sua Autoria
Idealizou o Teatro Infanto-Juvenil Rainha NZinga
Trabalhou voluntariamente em colaboração com o Lar de São Francisco de Assis em Coimbra, dando aulas de Teatro a crianças e jovens, dos 2 aos 18 anos.
Autora das Peças teatrais:
“O Malaó”
“Afro-Erasmus Reitor”
“ Conselho Ecuménico de Igrejas”
Quem é Rosa Mayunga?
Breve Curriculum
Rosa Mayunga
Luanda, Angola
Nacionalidade – Angolana
Dirigente
Associativa–Humanista
Cristã na Igreja
Tradicional angolana, de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo.
2011-2013 Mestranda em Desenvolvimento e
Saúde Global pelo ISCTE-IUL ( Instituto Universitário de Lisboa), neste
momento aguarda defesa da Dissertação sobre: o “Mwalakagy - cuidados
materno-infantis na medicina tradicional Angolana entre mulheres imigrantes em
Portugal”.
Autora dos Cadernos
do Mwalakaji “Terapias Materno Infantis da Medicina Tradicional de Angola”
Registados em 2013.
Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo
Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar- Universidade do Porto.
Co – ideóloga e cofundadora da Cooperativa
de Ensino e Arte Escola Afro–Luso Brasileira-1998.
Co – Ideóloga da Escola Intercultural
afro–Luso–Brasileira 1998.
Ideóloga e cofundadora: do “Movimento
Internacional Rainha N'Zinga” – Santa Clara – Coimbra 2005.
Ideóloga do Teatro infantil – Rainha
N'Zinga–2000.
Ideóloga da Revista Mwana Afrika” Inscrição na ERC: 126072 aos
10-05-2011.
Artista Plástica
Atriz de Teatro
formou-se através dos Cursos de teatro do CITAC – Circulo Teatral da Academia
de Coimbra, tendo participado como Atriz no Gil Vicente em Coimbra na Peça “O
GOG” encenado por Carlos Curto, no Teatro D. Carlos na Cidade do Porto, Teatro
de Rua na Praça da República em Coimbra e Alta de Coimbra, recreação da vida da
Cidade, encenado por Rui Pisco, na Peça sobre Antero de Quental que decorreu no
teatro estúdio do CITAC e na Expo 98.
Pertenceu ao Coro
Misto da Academia de Coimbra
Dinamizadora
Cultural e Voluntária para a Infância e Adolescência
Escritora–Autora
do Livro N´Zinga os Descendentes.
Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde
Pública na ESTES – Escola Superior da Tecnologia da Saúde – Instituto Politécnico de Coimbra (incluindo
cadeiras como Biologia Celular, Histologia Avançada, Psicosociologia da Saúde,
Pedagogia, Investigação Aplicada, Patologia Molecular, Biologia Forense,
Economia e Gestão da Saúde, Oncobiologia, Imuno – Hematologia Avançada,
Toxicologia, Bioética, Sistemas de Informação, incluindo Projeto de
Investigação de sua autoria intitulado “Suscetibilidade Genética da Lepra” – em
pacientes Angolanos apresentando Poster na Conferência Internacional de OSLO,
NOROUEGA em 8 de Junho de 2006, e Publicado na Revista Blackuel Synergy –
Tissues Antigens Pág:530–545.
Trabalhou na
Secção do Pessoal e Gabinete do Plano, da Secretaria de Estado de Educação
Física e Desporto em Lunada – Angola.
Estudou Ciências Biológicas no PUNIV – Pré – Universitário
de Luanda– Angola
Praticou ginástica
desportiva no Ex–Benfica de Luanda e posteriormente no Petro Atlético de Luanda–Angola.
Foi aluna na Escola Primária da Cuca n.º143 e na
Escola Preparatória - Inovadora de Emídio Navarro – Luanda Com
iniciação às Artes plásticas (escultura
em madeira – pau rosa e gesso).
Pintura (tinta da china e
aguarelas).
Artes Cénicas (Representação,
declamação de poesia e dança).
Musicais (aulas de piano e
canto).
Desporto–
(Ginástica desportiva e rítmica).
Aulas
de Moral e Religião.
Educação
sexual– Educação – feminina.
Actividades
(Costura, culinária, bordados, artesanato).
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Filosofia Terapêutica da MedicinaTradicional de Angola
©Filosofia
Terapêutica da MedicinaTradicional de Angola
Com
mais de cinco mil anos, faz parte da Identidade Histórica e Cultural dos Angolanos -
Civilização Banto
Mwalakaji ou Kivwadi (CMI-MTA)
Cuidados materno – infantis na medicina tradicional em Angola
Tema – MWALAKAJI
ou KIVWADI
Insere-se no trabalho de investigação para Dissertação do Mestrado em
Desenvolvimento e Saúde Global (DSG) – 2010 – 2013, leccionado no Instituto
Universitário de Lisboa(ISCTE).
A área escolhida para
este trabalho científico, tem como objetivos
1- Promover a “Reabilitação da especialidade do
“Mwalakaji ou Kivwadi”, como forma de suprir as necessidades prementes na
área da Saúde materno infantil.
2- Fortalecer o retorno da Ciência de Cura
Tradicional, nesta modalidade terapêutica em Angola e, na Diáspora, angolana-africana,
também como forma de integração social das mulheres angolanas – africanas, imigrantes.
3- Promover a partilha das terapias de Angola, com
mulheres de outras proveniências,para o seu bem estar.
Aluna
e Autora: Rosa
Mayunga
(C.V) em anexo
Especialista em Medicina Tradicional Chinesa – Modelo de Heidelberg – ICBAS –
Universidade do Porto.
Licenciada em Análises Clínicas e Saúde Pública – ESTES – Instituto
Politécnico de Coimbra.
Resumo: O que é o Mwalakaji ou Kivwadi?
Mwalakaji ou Kivwadi, são nomes usados em Angola, para designar os Cuidados materno – infantis na
medicina tradicional angolana. É uma especialidade terapêutica de prevenção e
cura, que integra várias práticas de sustentabilidade, para o equilíbrio físico
e emocional da mãe, e da criança, na preparação e durante a gestação, antes, e
após ao nascimento, assegurando um
bem-estar e desenvolvimentos saudáveis, às mães e aos recém-nascidos, ao longo
da primeira fase de vida, até aos cinco anos, fase considerada a mais
problemática.
O
“Mwalakaji ou Kivwadi” baseia-se
nas seguintes práticas:
1-
Aconselhamento
e apoio afectivo dos cônjuges mal saibam da existência da gravidez.
2- Acompanhamento da parturiente ao longo da
gravidez, através da dieta (alimentação nutritiva e biológica), massagens e
conforto afectivo.
3- Acompanhamento
da parturiente durante e após o parto e, durante a amamentação, através da dieta
(alimentação nutritiva e biológica), massagens, fitoterapia.
4- Acompanhamento e orientação da parturiente, na
forma dos cuidados a ter com os recém nascidos, tendo em conta a
amamentação, alimentação, fitoterapia, massagens, higiene e vestuário, do
recém-nascido.
5-
Acompanhamento
e orientação da parturiente nos cuidados com o desenvolvimento físico e
emocional, seu e da criança, através do uso de certas práticas tradicionais de
observação, para despiste de qualquer anomalia auditiva, ocular, ou outras.
6- Acompanhamento
e orientação da parturiente de forma a dar ao recém nascido todas as condições ambientais
e lúdicas, para que possa desenvolver-se harmoniosamente, carinho, musicoterapia,
espaços amplos e protegidos, um chão limpo e disponibilidade dum adulto, para o
seu acompanhamento.
Objectivos e contribuição para a saúde
pública
1- Reduzir o índice elevado de mortes materno –
infantis.
2- Prevenir
as mortes neonatais, através da alimentação natural (nutrição), dos cuidados e
apoio afetivo que o Mwalakaji – Kivwadi disponibiliza.
3-
Manter o
equilíbrio demográfico, através da sustentabilidade social comunitária e participativa,
uma vez, que as práticas do Mwalakaji, envolvem a participação da família,
vizinhos e amigos, prevenindo a desestabilização social.
Contribuição científica
As terapias materno-infantis, da Medicina Tradicional de Angola, inserem-se
no ramo das etnomedicinas, estudadas e
investigadas um pouco por todo mundo. No caso de Angola ela empenha o papel
primordial na prevenção da doença, reunindo, também, condições terapêuticas
para as várias enfermidades.
Contribuição histórica – patrimonial e do Direito
As terapias materno-infantis da Medicina Tradicional de Angola, são um legado
ancestral, preservado pelos nossos antepassados ao longo de milénios. Faz parte
da Identidade Histórica e Cultural dos angolanos, desta forma, tal como o
petróleo, os diamantes e qualquer outro recurso mineral, estão salvaguardados
por Leis do Direito Consuetudinário e Constitucionais, da nossa Nação.
Contribuição ao longo de milénios
Os Povos de Angola viveram ao longo de 500 (quinhentos) anos com imposições
políticas externas coloniais, durante cerca de 300 anos, os seus Governos
Tradicionais espalhados por todo o território, lutaram com firmeza, corpo a
corpo, dando por vezes as suas vidas na defesa dos Povos e da integridade
territorial.
Porém, nos restantes 200 (duzentos) anos a violência da colonização impôs
com o uso de armas automáticas de guerra, que quase dizimou os Povos de Angola,
levando a que alguns dos nossos Soberanos em defesa dos Povos, assinassem
protocolos de Paz. Vindo depois a efectivar-se a implantação colonial, ao longo
do território de Angola, com todas as
perdas e Direitos dos Nacionais, sobre os seus bens e destinos da Nação.
Contribuição Económica
A Medicina Tradicional de Angola, podemos dizer que é uma Medicina
verdadeiramente Humana e eficaz, pelo seguinte:
1- É menos traumática.
2- É solidária, todos podem participar na sua
aplicação desde que devidamente preparados e prevenidos em relação a assepsia.
(Avós, Tias, Irmãs, Amigas, Vizinhas e Maridos) têm sido os praticantes do
Mwalakaji, encontrei alguns em Portugal, a ajudarem as suas Mulheres.
3- Não é dispendiosa, pois a Natureza em Angola
concedeu os benefícios de doar aos angolanos, plantas, raízes, tubérculos,
minerais, que servem para estas terapias.
.
4- Pode-se rentabilizar, criando as condições
necessárias para uma investigação, preparação, catalogação e até de venda dos
respectivos produtos, nos diversos mercados, ao invés de estarmos a permitir
que alguns deles saiam clandestinamente do país, rentabilizando terceiros, e que
nem sequer cumprem com as regras de fiscalidade e aduaneiras de Angola.
5- Existem Técnicos especializados e outros com a sua longa experiência no terreno, e que podem ajudar contribuindo na elevação e
rentabilização desta área tão importante para os Povos de Angola e que apenas
deve dizer respeito aos angolanos.
6- Também na formação-educação-saúde e para saúde-
e gestão da Saúde Pública Nacional, é uma área que deixaríamos de precisar de
gastar e pagar serviços externos, que ao invés de curarem ou prevenir estão a dizimar
as populações! Bastará apenas olharmos para os cemitérios e contabilizarmos as
mortes diárias, do Norte a Sul!
7- Havendo vontade Política, e havendo a Força dos
Povos, para que tudo isso funcione. Está ao nosso alcance.
Que assistência Médica os angolanos tinham nos séculos
da colonização?
Ao longo dos séculos da colonização, não existia em Angola, um sistema de
saúde colonial, que cuidasse da saúde dos Povos originais, apenas eram assistidos
alguns homens e crianças, que serviam como mão de obra escrava – o (Kimbangula), como era chamado pelos Povos.
Os angolanos para prevenirem doenças
ou para as curar, recorriam a sua Medicina Tradicional, entre elas as terapias
materno-infantis, e era assim, até aos anos 70 (setenta), quando fomos todos em
massa vacinados no braço esquerdo, com uma espécie de aparelho que parecia um “black&decker”!
Na verdade, recordando os anos 50, 60 e 70 (cinquenta, sessenta, e setenta),
precisamente os que antecederam a Independência de Angola, as populações
morriam algumas, de doenças, outras por causa das guerras, devido o interesse
colonial, mas não existia um índice elevado de mortes materno infantis, como o
que existe actualmente.
Tal facto, não se deveu a ordens de preocupação, do governo colonial, em
relação aos Povos originais de Angola, até porque eram tratados desumanamente,
mas, demonstra efectivamente, a eficácia das terapias da Medicina Tradicional
de Angola, e em especial as terapias materno-infantis, usados pelos próprios
Povos de Angola, desde a antiguidade!
Qual a importância e o reconhecimento Institucional,
deve ter a Medicina Tradicional de Angola, e nomeadamente as Terapias do
Mwalakaji ou Kivwadi?
1- A realidade preocupante, dos cuidados de saúde
materna-infantil em Angola, o elevado índice de mortes materno-infantis, os apelos de preocupação de alguns Médicos
representantes dos serviços de Pediatria, o apelo de investigadores nas áreas
da saúde, os dados divulgados pelas organizações internacionais.
2- Não basta apenas, dizer para o efeito, de que é
um Património ancestral de todos os angolanos, mas, resta acrescentar de que a Medicina
Tradicional de Angola, tem tempo o suficiente, para ter mostrado a sua eficácia,
na cura e prevenção de doenças. Factos testemunhados em primeira fonte pelos
nossos antepassados e os mais recentes, Pais e Avós, e também registados por
vários antropólogos, e etnólogos de várias proveniências. Citarei apenas um: Raúl Asua
Altuna ; “Cultura Tradicional Banto”. O Trabalho de investigação por mim desenvolvido. A constactação e o acompanhamento em trabalho de campo, percebendo, como as Mulheres recorrem a
estas terapias de Angola.
3- O factor humano, acolhedor e preservador da
Família e das comunidades. O facto de serem Terapias promotoras de Paze da Solidariedade.
4- É possível dizer-se com firmeza, que os Povos
que hoje governam, Angola, foram tratados na sua infância e
juventude, através da sua Medicina Tradicional.
5- O facto das Mulheres angolanas na diáspora
europeia, usarem as terapias Tradicionais da Medicina Tradicional de Angola,
entre elas as Terapias materno-infantis, a comprovação da existência de Mulheres europeias, a servirem-se
destas terapias, devido a sua eficácia quer a nível do bem estar físico,
emocional e espiritual, justifica, mais do que nunca, a importância e o
reconhecimento Institucional da Medicina Tradicional de Angola!
Por: Rosa Mayunga
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17 de Outubro de 2012
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